cover
Tocando Agora:

Produtores de café do Paraná pedem que polícia intensifique ações para evitar furtos nas lavouras

Pedido foi feito após registros em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto. PM informou que está definindo estra...

Produtores de café do Paraná pedem que polícia intensifique ações para evitar furtos nas lavouras
Produtores de café do Paraná pedem que polícia intensifique ações para evitar furtos nas lavouras (Foto: Reprodução)

Pedido foi feito após registros em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto. PM informou que está definindo estratégias. Produtores rurais estão preocupados com o aumento de furto de café em outros estados A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (FAEP) enviou um ofício ao Comando Geral da Polícia Militar (PM) pedindo reforço no policiamento das principais regiões produtoras de café do estado. ✅ Siga o canal do g1 PR no WhatsApp ✅ Siga o canal do g1 PR no Telegram O objetivo, conforme a FAEP, é evitar furtos do grão nas lavouras do Paraná, após registros em São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo, impulsionados pelo alto preço do produto. No documento, a instituição solicita medidas preventivas em junho, julho e agosto, período de maior atividade na colheita de café no Paraná. "A gente solicitou que eles intensifiquem o efetivo, aumentem as rondas nas propriedades cafeeiras para proibir essas ações aqui no Paraná", detalha Bruno Vizioli, analista técnico da Faep. Na região do norte pioneiro ao oeste do Paraná, são mais de sete mil produtores de café. "É muito preocupante. Você não sabe se dorme, se olha a lavoura... Não pode mais deixar café no terreno, não pode deixar nada. Tem que sair direto para as cooperativas", detalha o cafeicultor Norival Barbosa. Quiz: Você sabe tudo sobre café e a produção paranaense? Teste seus conhecimentos A Polícia Militar informou que está definindo estratégias de atuação por meio das equipes da patrulha rural. Enquanto isso, os produtores estão se organizando organicamente. "A maioria está colocando porteira nas propriedades, aumentando a iluminação noturna, colocando câmeras e alarme de presença. Todo mundo está em alerta. Qualquer coisa de suspeita, já avisa a polícia, o pessoal, e todo mundo já fica em alerta. Vendo a polícia passar, indo e vindo várias vezes, o pessoal já se inibe de tentar roubar as propriedades", afirma o produtor rural Carlos Cézar. LEIA TAMBÉM: Polícia: Neta desvia R$ 200 mil do avô e tenta pôr culpa no presidente Lula para justificar sumiço de dinheiro, diz delegado Saúde: Filha usa bebê reborn como terapia para mãe com Alzheimer: 'Muitas vezes, só o toque da boneca a acalma' Investigação: Análise de caligrafia confirma autoria de mensagem escrita em sangue na casa onde avó e neta foram mortas, diz polícia O que fez o café subir tanto? Produtores de café do Paraná pedem que polícia intensifiquem ações para evitar furtos nas lavouras Tarcisio Silva/EPTV O preço do café moído subiu 80,2% entre março de 2024 e março de 2025, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a maior inflação acumulada do café moído em 12 meses desde maio de 1995, quando o índice foi de 85,5%. Nesse período, a fruta foi impactada pelo calor e a seca que atingiram o país, entre outros fatores que afetaram a produção. Confira: ☕Calor e seca: no ano passado, o clima gerou um estresse na planta, que, para sobreviver, precisou abortar os frutos, ou seja, impedir o seu desenvolvimento. Mas problemas, como geadas e ondas de calor, vêm acontecendo há 4 anos no Brasil. No período, a indústria teve um aumento de custos de 224% com matéria-prima e, para os consumidores, o café ficou 110% mais caro. ☕Queda de oferta global: grandes produtores, como o Vietnã, enfrentaram problemas climáticos e sofreram quebra de safra. ☕Maior custo de logística: as guerras no Oriente Médio encareceram o embarque do café nas vendas internacionais, elevando também o preço dos contêineres, principal meio para a exportação. ☕Aumento do consumo: o café é a segunda bebida mais consumida no Brasil e no mundo, atrás apenas da água. Os produtores brasileiros têm aberto espaço em novos mercados internacionais, o que influencia na oferta da bebida internamente. A China, por exemplo, se tornou um novo mercado para o café brasileiro. Desde 2023, o país saiu da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.

Fale Conosco